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Ilha de Pantelleria: relax, amor e vinho

Com certeza a Ilha de Pantelleria é um lugar que é difícil de sair… por quê? Porque é tão maravilhoso e relaxante que não dá vontade de ir embora! O título pode parecer um pouco clichê, mas é a pura verdade, depois dessa viagem essas 3 palavras ficaram como um bom resumo. Em poucas viagens na minha vida eu consegui realmente ter essa sensação de relax, de paz…

Pantelleria.8

E como essa pequena, mas deliciosa viagem me deu muito inspiração, resolvi fazer vários pequenos textos sobre ela, cada um sobre um argumento, todos serão postados esta semana. O primeiro é uma introdução sobre a ilha.

Veja o segundo texto –> Ilha de Pantelleria: como ir e o que ver

A Ilha de Pantelleria

Como vocês podem ver na imagem acima, a Ilha de Pantelleria fica no Mar Mediterrâneo, no meio do Estreito da Sicília, a uma distância de cerca de 70 km da costa noroeste da Tunísia e é a maior das ilhas ao largo da costa da Sicília.

Alguns acreditam que ela é a ilha de Ogigia indicada por Homero na Odisséia, o poema da mitologia grega que identificava o lugar onde Ulisses foi enfeitiçado pela astúcia da feiticeira Circe.

A ilha de Pantelleria é de origem vulcânica e seu território é dominado por uma montanha, uma cratera de vulcão extinto, cuja altitude é de 836 metros acima do nível do mar. A última erupção aconteceu em 1891, numa parte submersa da ilha, no lado norte.

Desta origem vulcânica hoje, permanecem alguns fenômenos secundários, tais como fontes termais, as “fumarole” ou gêiseres,   cavernas naturais cheias de vapor sulfuroso, e ainda as “favare”, jatos de vapor que saem das rachaduras de pedras vulcânicas.

Recurso de obsidiana, um vidro de origem vulcânica cobiçado em todo o período pré-histórico, é a origem dos primeiros assentamentos na Ilha de Pantelleria.

A testemunha mais significativa é representada pelo Sesi, um povo envolto em mistério, que construía enormes paredes de pedra, ou “mura ciclopiche”, e túmulos também de pedra que datam do início da Idade do Bronze, encontrados na costa noroeste, na área arqueológica de Mursia, a 3 km do centro de Pantelleria.

O solo é muito fértil, embora haja uma certa escassez de recursos hídricos, e é coberta por densa vegetação. A agricultura é realizada através de terraçamentos realizados por meio de pedras, que dá um aspecto ainda mais bonito à ilha. O que mais se planta são vinhas, oliveiras, alcaparra e legumes.

As vinhas são, na sua maioria, de uvas zibibbo, do vinho mais famoso da ilha, e um dos vinhos doce mais famosos da Itália, o Passito di Pantelleria, que merece um texto inteiro somente para ele (veja aqui: Vinho: Apaixone-se pelo Passito de Pantelleria).

Já as oliveiras são podadas muito baixas porque na ilha venta muito, e assim baixas, podem se defender melhor contra o vento que sopra em Pantelleria incessantemente.

Aliás a ilha é também chamada de “figlia del vento“, nome dado pelos árabes que passaram pela ilha, e que quer dizer filha do vento.

Uma curiosidade da ilha são os jardins, a grande maioria das casas possuem jardim, que por sua vez possuem cercas altas de pedra vulcânica, ou seja, são jardins completamente fechados, sem nenhuma visão externa. Isso é feito para preservar as árvores de frutas e legumes e também flores, protegendo-as contra o vento e permitindo que o orvalho da noite permaneça sobre as plantas durante todo o dia. Uma interessante ideia que torna os jardins de Pantelleria bem misteriosos.

Dentro desta paisagem única de Pantelleria, outra curiosidade são os “Dammusi”, as casas típicas da ilha, herdadas da ocupação árabe, realizadas com paredes de pedra muito espessas, fechadas com uma cúpula que cobre a estrutura e permite a canalização de águas pluviais para um tanque, localizado perto do dammuso.

Foto: Wikipedia commons
Foto: Wikipedia commons

Uma só coisa é, em um certo ponto, negativo na ilha: não há praias de areia. A ilha é de origem vulcânica, portanto as praias são de pedras, não tornando assim a ilha um local bom para férias com crianças, mas também não quer dizer que não é possível nadar… porque essa ilha ainda tem muito a surpreender. As formações rochosas formam um verdadeiro espetáculo para os olhos!

E ainda há praias maravilhosas como a da foto acima, e formações interessantes como a “tromba de elefante”.

Há um território tão maravilhoso nessa ilha, e eu fiquei tão apaixonada, que decidi que em 1 só texto não caberia tudo aquilo que vocês,  meus queridos leitores, deveriam saber sobre esse paraíso, e por isso decidi fazer vários textos menores para que nesta semana vocês possam sonhar um pouquinho com esse paraíso.

Só pra dar um gostinho, sabe o que é possível fazer na ilha: sauna natural em caverna, trekking, banho quente no mar com água vulcanica (parece loucura mais é sim), banho quente com água vulcânica na Lagoa de Venere, banho de lama vulcânica, que faz bem a pele, beber um dos melhores vinhos da Itália e além de tudo… esquecer dos problemas e desfrutar deste paraíso…

Aguarde os próximos textos…

Veja o segundo texto –> Ilha de Pantelleria: como ir e o que ver

 

Mapa

Sobre Deyse RibeiroSou Deyse Ribeiro, nasci em Minas Gerais, e vivo na Itália há 14 anos. Sou especialista em turismo na Itália, onde adquiri experiência atuando desde 2011 como guia de turismo, criadora de conteúdo sobre turismo e empresária no ramo. Abri minha primeira empresa em 2017, e ofereço serviços, tours, transfers e experiências únicas na Itália, através do Portal TourNaItália.com - uma boutique de experiências diferente de tudo o que você já viu!

4 comentários em “Ilha de Pantelleria: relax, amor e vinho”

  1. Olá Deyse…
    Estarei na Itália em Junho, gostaria de saber sua opinião, Sardenha ou Costa Amalfitana?
    Agradeço.

  2. Olá Deyse,
    Para mim, que adoro viajar, é sempre um prazer ler sobre novos lugares, e isso aconteceu hoje: eu nunca tinha ouvido falar da ilha de Pantelleria. Obrigado pela partilha e continuação de bom trabalho aqui no blog. Abraço desde Portugal.

    1. Obrigada Filipe, eu também me surpreendi com a ilha, e quero voltar logo logo!!! Foi relax total!!!
      Saudades de Portugal, eu estudei na Universidade do Minho e tenho carinho grande por Portugal.
      abs

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