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Se você estiver visitando Turim, nao deixe de conhecer  Residência de Caça de Stupinigi (Palazzina di Caccia di Stupinigi) dos Saboia.

Introdução

Localizada na pequena cidade de Nichelino, a 12 quilômetros de Turim, capital do Piemonte, o palácio reserva peças da nobreza em um passeio histórico

Um edifício majestoso, que já teve a sua praça da frente como palco de diversos eventos e que possui, em seus interiores, uma série de artefatos raros e peças de arrancar suspiros. Estamos falando do Stupinigi, a residência de Caça dos Saboia.

Tão perto de Turim, o palácio é uma parada obrigatória se você visita a cidade. Com arquitetura assinada por Filippo Juvarra – o mesmo que foi responsável por partes da construção de Reggia Venaria Reale, Stupinigi fica na cidade de Nichelino, à sudoeste da capital piemontesa.

A Palazzina di Caccia di Stupinigi é mais uma das residências nobres da Casa de Saboia no Piemonte. E, como tal, foi tombada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1997, a fim de preservar e conservar o local em toda a sua estrutura, contexto e história.

Enfim, para entender melhor e conhecer o que é o Stupinigi, precisamos revisitar a história da família Saboia. Acompanhe abaixo:

A familia Saboia

A Casa de Saboia (Savoia em Italiano) é uma das mais antigas famílias nobres da Europa. Por volta do século XVI, eles deixaram seus interesses nas regiões dos Alpes, e se concentraram na península Itálica – fato que ficou marcado pela mudança de seu ducado para a cidade de Turim.

Como, também, uma das mais importantes casas da época, eles lideraram o movimento pela unificação italiana, que levou à proclamação do Reino da Itália, no século XIX. A partir desse momento, é quando a história da família e da Itália se confundem.

Em tempos de conquistas de territórios, partilhas e secessões, enquanto um duque de Saboia defendia seu reinado na Espanha, a dinastia da casa lutava por espaços na Etiópia e na Albânia. Finalmente, em 1720, Vittorio Amadeu II se tornou rei da Sardenha, assim como a sua linhagem. Seu descendente direto, Vittorio Emanuele II, consagrou-se o primeiro Rei da Itália unificada em 1861.

Deu para entender o peso dessa família? O reinado da Casa de Saboia atravessou séculos e viu seu fim em 1946, com o referendo que declara a república como forma oficial de Estado na Itália. Em seus tempos de glória, eles habitaram diversos palácios, lembrados como as antigas residências da Casa de Saboia.

Unesco declara residências de Saboia como patrimônio Mundial

Em 1997, a Unesco declarou as residências da Casa de Saboia como patrimônio mundial. Ao fazer isso, o órgão define esses locais como de grande importância histórica e cultural para a humanidade, promovendo um status oficial que lhe garanta maior preservação e conservação.

Essas residências são formadas por um conjunto de palácios na província de Turim, que veem o seu esplendor no noroeste da Itália.

Entre as residências, temos, em Turim:

  • Palácio Real de Turim;
  • Palácio Madama;
  • Palácio Carignano;
  • Castelo Valentino.

Aos arredores de Turim:

  • Reggia Venaria Reale;
  • Castelo de Rivoli;
  • Castelo de Moncalieri;
  • Palazzina di Stupinigi;
  • Castelo de Moncalieri;
  • Castelo de Racconigi;
  • Castelo de Govone;
  • Palácio de Valcasotto.

Afinal, onde fica o Palácio de Stupinigi?

O Palácio de Stupinigi fica localizado em uma pequena cidade chamada Nichelino, que faz fronteira com Turim. A cidade praticamente se desenvolve em torno da praça da residência e de seu jardim. Para chegar lá, consulte os nossos serviços de transporte particular. Oferecemos, também, serviços de guias em português para tour em Turim, bem como por todo o restante da bela região do Piemonte.

A história da Palazzina di caccia di Stupinigi

Mesmo durante a Idade Média, o território onde hoje está estabelecido o palácio já tinha um pequeno castelo. Antigamente, a sua função era defender a região de Moncalieri. A propriedade pertencia à Família Saboia-Acaia, um ramo que desapareceu da disnatia. Com a morte do último dos Acaia, o forte passou para Amadeo VIII de Saboia.

Com o passar do tempo, eles perceberam que as terras no entorno do castelo eram perfeitas para a construção de uma arena para caça. Os duques tinham este como um de seus esportes favoritos à época. Enfim, Vittorio Amadeu II promoveu essa transformação do espaço, ao confiar o projeto a Filippo Juvarra. Então, durante o reinado de Carlo Emanuele III de Saboia, a palazzina inaugurou a sua primeira caça, no ano de 1731. Com a contribuição de outros arquitetos, a construção foi se ampliando nos reinados posteriores. O tempo lhe deu novas alas, escuderias e remessas agrícolas.

Até Napoleão Bonaparte já passou pela palazzina, na ocasião de uma reunião com as autoridades e forças políticas de Turim, antes de se dirigir a Milão para cingir a Coroa Férrea.

Entre disputas de posse, o palácio volta a ser propriedade da Família Real, quando então é cedida ao controle estatal em 1919. Seis anos depois, ela foi restituída à Ordem dos Santos Maurício e Lázaro.

No século 19, a palazzina hospedou um elefante indiano macho, chamado Fritz. A figura se tornou extremamente popular na região. No entanto, alguns anos depois o animal começou a destruir tudo o que o rodeava, e terminou executado por problemas de saúde. Até hoje, o local exibe uma escultura em sua homenagem, exposta sem seu jardim.

Como é a estrutura do palácio?

Além de toda a sua grandeza, se prestarmos atenção em seus detalhes, encontramos arte em cada canto da construção do palácio. Em sua planta, ele foi construído na imagem de quatro braços dispostos na forma de Cruz de Santo André. Seu núcleo central possui um grande salão, do qual partem os braços.

Em cada braço, os apartamentos Reais, que podem fazer a sua visita durar horas, por todas as peças expostas. São quadros, artefatos raros, tecidos, vestuários, mobílias, e tantos outros detalhes que te levam em uma viagem no tempo, revivendo a nobreza italiana.

No coração da construção, o grande salão é coroado pela estátua de um Cervo, obra de Francesco Ladatte.

Com a partida de Juvarra, foram chamados diversos artistas para decorar o novo ambiente. Seu interior foi trabalhado em estilo Rococó italiano, sendo um dos maiores símbolos representantes desse estilo. Nele, materiais preciosos como laca, porcelana, espelhos e raízes de roseira brava.

Nas mobílias, os destaques da palazzina ficam para as peças de Giuseppe Maria Bonzanigo, Pietro Piffetti e Luigi Prinotto.

Enquanto isso, nas decorações, as artes dos pintores venezianos Giuseppe Valeriani, Domenico Valriani e Gaetano Perego. E, claro, não podemos deixar de mencionar os afrescos de Vittorio Amedeo Cignaroli, Gian Battista Crosato e Carlo Andrea Van Loo.

Mesmo assim, apesar da nobreza dos quartos e dos detalhes encantadores, o grande salão é o centro desse espetáculo. Ele foi a primeira ideia de Juvarra a ficar concluída. Logo depois, o Rei encomendou aos irmãos Giuseppe e Domenico Valeriani a concepção do grande afresco, que ocupa a sua cúpula. Eles representaram o “Triunfo de Diana”, a deusa da caça.

Como acontece a visita?

O percurso de visitação do palácio começa pela escuderia criada no século 18, no salão principal, onde está a escultura original do cervo de Francesco Ladatte.

Atravessando a biblioteca e observando os detalhes do salão principal, coração da palazzina, chega-se aos apartamentos Reais, onde estão os cômodos da nobreza, bem como a anticapela e a Igreja de São Humberto (protetor da caça e dos caçadores), que passaram por reformas recentes.

O percurso continua até o apartamento de Levante, destinado aos duques do condado. Por meio da visita pelos quartos, que são ricamente decorados, com detalhes a serem vistos por todos os lados, você encontra quadros e mobílias incríveis.

Ainda, um salão de espelhos e um salão de jogos no final, que apresenta um mobiliário completamente voltado à recreação. Para entender um pouco mais sobre o percurso de visitação, confira abaixo os detalhes dos cômodos da residência de Saboia.

sala dei giochi

O quarto da Rainha

A antecâmara da rainha é um dos quatro principais cômodos, acessados a partir do salão principal da palazzina.

Coberto de afrescos, produzidos no século 18 pelo pintor Giovanni Crosato, o cômodo possui ainda outras produções, como as de Francesco Casoli e Giuseppe Maria Bonzanigo.

Neste espaço, você vai encontrar diversas telas ovais, que representavam as princesas da Casa de Saboia.

O quarto do Rei

Por conta da partida do arquiteto Filippo Juvarra para a corte espanhola, esse foi um dos últimos cômodos a serem concluídos. Quem assumiu os afrescos foi Michelantonio Milocco, sob supervisão de Gaio Francesco Beaumont.

O destaque deste cômodo está na mobília, que pertencia ao estilo dos reis Luís XV e Luís XVI.

Sala dos Escudeiros

A sala dos escudeiros também está ligada a partir do salão principal da palazzina. Ela foi uma das primeiras estruturas a receber os afrescos, mas seus detalhes finais, como a pintura das portas, só ocorreria no fim do século 18.

Antecapela

Como o próprio nome diz, a anticapela fica localizada logo atrás da parede maior da capela dedicada a Santo Humberto, o protetor da caça e dos caçadores.

Sala do Bonzanigo

A sala do Bonzanigo é a mais contrastante entre os cômodos. A partir do barroco em sua decoração, o seu mobiliário apresenta um estilo clássico. O maior destaque está no retrato oval de Giuseppe Placido de Saboia, o conde de Moriana.

Os encantadores jardins da Palazzina

O jardim da Palazzina di Stupinigi é rodeado por cabanas e escuderias. Extenso, ele é o que mais chama atenção para quem se aproxima da residência.

O complexo está inserido justamente no meio do jardim. Sua natureza é geométrica, com um canteiro de flores e alamedas que se estende por toda a estrutura palaciana.

O parque, circundado por longas avenidas arborizadas, foi projetado pelo jardineiro francês Michael Benard, em 1740. Dois séculos depois, ele ganhou o nome de “Parque Natural de Stupinigi”. São mais de 1,7 mil hectares em uma flora admirável.

 

Algumas informações importantes

Se Turim estava em seu itinerário ou se você estava pensando em considerar o destino, acreditamos que a Palazzina di Stupinigi precisa entrar na sua lista de lugares para conhecer. Ficou com vontade de visitar e não sabe por onde começar?

Nós oferecemos serviços de guia em português para visitar a cidade italiana de Turim, bem como tantos outros importantes do Piemonte. Para você não se preocupar com as complexidades de transporte, temos também serviços de transporte com motorista em Turim. Saiba mais!

Como irIngressosOnde comerMAPA

De carro: do centro de Torino pegue a Corso Unione Sovietica e continue pela Viale Torino até o complexo. Para quem vem de fora da cidade, pegar o anel viário sul até a saída de Stupinigi e seguir pela Viale Torino.

De ônibus: linha 4 para o terminal e, em seguida, linha 41 para Orbassano (parada Stupinigi) –  veja aqui

Abertura: Para organizar o seu itinerário, a Palazzina di Stupinigi abre de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30 (com última entrada às 17h). Sábados, domingos e feriados das 10h às 18h30 (última admissão às 18h)

Bilhetes: 18 euros (inteira); 13 euros (meia-entrada). A meia-entrada está disponível para menores de 18 anos, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e grandes grupos – mínimo de 15 pessoas.

Ristorante Sabaudia: O restaurante está localizado na Viale Torino 11, Frazione Stupinigi, na Cascine em frente à Palazzina di Caccia, onde moravam os servos da família real. O restaurante serve cozinha tradicional piemontesa. É necessário fazer reserva pelo telefone 0113580119 – 3472642562.

Sobre Deyse RibeiroSou Deyse Ribeiro, nasci em Minas Gerais, e vivo na Itália há 14 anos. Sou especialista em turismo na Itália, onde adquiri experiência atuando desde 2011 como guia de turismo, criadora de conteúdo sobre turismo e empresária no ramo. Abri minha primeira empresa em 2017, e ofereço serviços, tours, transfers e experiências únicas na Itália, através do Portal TourNaItália.com - uma boutique de experiências diferente de tudo o que você já viu!

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